28 de jun. de 2007

Casa dos 30 - A fase de mudanças


Esta matéria é muito interessante no que se refere a vaidade masculina, e serve principalmente para os homens metrossexuais, pois são muito mais preocupados com a aparência física, assim como eu (rs).

Como é um homem de 30 nos dias de hoje? Já não tem mais a mesma vitalidade de um garoto de 20, mas também não tem a mesma experiência de um de 40, tanto física como psicológica. A dezena dos trinta para os homens parece uma segunda adolescência, já que é mais uma fase de transição, ou seja, não se é jovem demais, mas também a maturidade não chegou por completo.
A casa dos 30 também é a principal fase no amadurecimento profissional e de mais energia no trabalho para nós homens. É nela que nos sentimos mais capacitados para os negócios, já que é nessa fase que nossa experiência se alia à vontade de vencer. Porém é também nessa fase que os efeitos do tempo começam a dar seus primeiros sinais; os primeiros fios de cabelos alvos projetam o que poderá se tornar uma vasta cabeleira branca. Ou o que é ainda pior do que os cabelos brancos: queda de cabelos. Além disso, chegam também as primeiras rugas, os primeiros pés de galinha e também geralmente quando se forma os pneuzinhos na região do abdome, já que "peladas" com os amigos vão se tornando cada vez mais raras em virtude de tempo...
O pior de tudo isso é que na maioria das vezes nós não damos a devida importância para esses efeitos, uma vez que esses sintomas ainda são bem sutis. Só nos damos conta quando já estão devidamente "instalados" em nosso corpo, o que ocorre geralmente na casa dos 40. Mas como diz o velho ditado popular que é melhor prevenir do que remediar segue algumas dicas que podem ajudá-lo nessa prevenção: nunca é demais falar nos exercícios físicos regulares e de uma dieta balanceada. Chegou o momento de usar e abusar dos cremes. Eles ajudam, e muito, na prevenção desses sinais, principalmente os destinados à região facial.
Além disso, a cirurgia plástica, o botox e a Bioplastia são os procedimentos anti-idade mais benéficos. Isso porque são de longa duração ou até mesmo definitivos, isto é, não há necessidade de manutenção constante, o que facilita muito a nossa vida, já que não temos muita paciência com esses cuidados.
Um bom exemplo disso é o Botox, que auxilia a correção das rugas e linhas de expressão e pés de galinha, cuja técnica consiste em injetar a substância no músculo. Assim se obtém uma paralisia temporária (obviamente, de músculos desnecessários), com o desaparecimento das rugas mais leves e atenuação das mais profundas. A expressão não se altera e não há sensações desagradáveis.
Já a Bioplastia, não necessita de grandes anestesias e ainda permite que voltemos às nossas atividades de imediato, com resultados excelentes. Por definição, a Bioplastia é a plástica sem cortes e sem cirurgia por meio de aplicações que realçam a beleza, rejuvenescem e reparam as imperfeições naturais. Com ela, nós cirurgiões podemos deixar uma pessoa mais bonita, mais rejuvenescida e com suas imperfeições naturais corrigidas. É uma tecnologia muito segura. O paciente vai acompanhando, passo a passo, através de um espelho o desenrolar do processo, podendo interagir e dar opiniões, participando assim ativamente no resultado final.
E se aquele pneuzinho já se instalou e tem resistido aos exercícios e dietas, a melhor opção é a lipoaspiração. É sempre valido lembrar que a lipo não tem como objetivo emagrecer e sim reduzir algumas medidas, mas sem exageros, até porque não é saudável a retirada de mais de 7% do peso total. Existem diversas técnicas de lipo como lipoescultura e lipomodulação, mas somente o cirurgião plástico, após uma avaliação criteriosa poderá diagnosticar a mais indicada para cada caso.
O homem de 30 anos hoje é, acima de tudo, um homem extremamente vaidoso. A expectativa de vida do homem brasileiro tem subido muito, apesar das mulheres ainda ganharem disparadas de nós nesse quesito. Isso nos permite querer estar bem com nós mesmo por mais tempo, para que cheguemos na melhor idade com mentes e corpos sãos.

Por GUSTAVO TILMANNFonte: http://www.uol.com.br/spzine

9 de jun. de 2007

DINHEIRO NÃO TRAZ FELICIDADE

O filósofo americano Jacob Needleman dedica seu tempo a pregar um ditado universal que anda meio esquecido nestes tempos de negócios intercontinentais e fortunas reunidas da noite para o dia. “Dinheiro não traz felicidade”, diz a máxima que ele gosta de repetir. Aos 66 anos, 30 deles dedicados a estudar as crise da vida moderna, Needleman hoje foca sua atenção na relação dos homens com o dinheiro. Para um tema desses, o professor dispõe de um observatório privilegiado: San Francisco, na Califórnia, o estado mais rico do mundo. È ali que ele vive e dá aulas de filosofia e religião comparada. Na Universidade Estadual de San Francisco. Em seus cursos, ele recorre a lições antigas – como os velhos ditados – e às filosofias orientais e ocidentais. Foi dessas aulas que surgiu o Dinheiro e o Significado da Vida (Editora Best Seller, já esgotado), uma de suas 12 obras.

SUPER – Por que é tão difícil lidar com o dinheiro?
O dinheiro reflete a nossa imaginação, nossos desejos, necessidades e temores. Ele é nossa principal tecnologia social, por meio da qual vivemos hoje. Se somos sugestionáveis e vulneráveis ao que dizem e pensam os outros, o dinheiro espelhará tudo isso. A angústia que sentimos em relação ao dinheiro é reflexo da angústia que sentimos em relação a nós mesmos.

SUPER - Por que ele tem esse poder?
O dinheiro foi inventado para facilitar trocas entre as pessoas. O detalhe é que muitas coisas que não podiam ser medidas em termos monetários hoje têm preço. É o caso do cuidado com os filhos. As mães saem para trabalhar e deixam os filhos com profissionais. Outros não têm tempo nem para a amizade e, quando querem falar dos problemas, têm de pagar a um terapeuta. O dinheiro virou um instrumento para aferir até nosso amor-próprio. Aqui nos Estados Unidos dizemos: “Quanto vale essa pessoa?” Há algum tempo, isso seria loucura. O dinheiro por si mesmo não proporciona felicidade. Ele dá prazer, alguma sensação de segurança. Mas, com o passar do tempo, percebemos que ele não alimenta nossa alma. Temos de tratá-lo como um meio, não como um fim. Mas, para isso, temos de ter um fim, um objetivo. Só somos felizes quando a vida tem um significado. Transformar o dinheiro em nosso único objetivo é como comer comida com gosto de plástico.

SUPER - E por que tanta gente ainda acredita que o dinheiro traz felicidade?
As pessoas procuram algo que confira um significado a suas vidas. E muitas das coisas que antigamente se acreditava trazer felicidades perderam poder: religião, espiritualismo, filosofia ou mesmo arte. Todos precisam de dinheiro, assim como de ar, de alimentos e convívio social. Sim, porque ninguém pode mudar para uma floresta e viver sozinho. As forças da cultura são fortes demais. Não podemos simplesmente abandonar a sociedade, nem abrir mão do que temos, da tecnologia. Primeiro, teríamos de descobrir outras pessoas que sintam a mesma angústia. Juntos, teríamos de cultivar o contato humano, que é a fonte maior de felicidade. Muitos hoje têm consciência de que comprar um carro não propicia felicidade genuína, mas não sabem a que recorrer. Quando temos uma meta real, o dinheiro deixa de ser um problema tão grande.

Qual a influência do dinheiro sobre as emoções?
Nossa cultura nos faz crer que coisas materiais podem nos fazer felizes, mas elas dão apenas um superficial. Prazer é diversão, não perdura, é diferente de felicidade. Precisamos dessas coisas, mas a sociedade capitalista em que vivemos cria desejos para que haja sempre mais demanda. Pelo menos 75% dos produtos disponíveis hoje são indispensáveis.

Então, quanto dinheiro é o bastante?
Depende principalmente do nosso objetivo na vida. As pessoas não sabem quanto dinheiro basta porque não têm objetivo na vida. Para piorar, as incertezas econômicas deixam as pessoas sem saber quanto dinheiro precisam para se sentir seguras. Além disso, quanto mais você tem, mais medo tem de perder o que possui. É a velha história; se você coloca coisas bonitas em casa, vai precisar pôr trancas nas portas, contratar um segurança.

Dinheiro traz infelicidade?
Quando temos dinheiro, começamos a satisfazer os desejos. E descobrimos outros que jamais imaginávamos ter. A ansiedade aumenta. Algumas pessoas sabem como desfrutar dessa situação, mas não exceção. O dinheiro não muda as pessoas, ele apenas traz à tona com mais força algumas características que o indivíduo já possuía, mas estavam latentes. Alguns tornam-se arrogantes. Outros, generosos, mas tudo isso já estava dentro deles, só que não tinham chance de se expressar.

Como manter equilíbrio emocional depois de ganhar muito dinheiro?
É preciso cultivar valores humanos, ajudar outras pessoas. Um aluno meu, no México, tinha um filho de cinco anos. No Natal, um menino bateu à porta pedindo esmola. O pai disse ao filho: “Dê a ele um de seus brinquedos”. O jovem pegou um, mas o pai lhe disse: “Não. Um de seus brinquedos preferidos”. O filho resistiu e chorou até que, muito triste, pegou um dos brinquedos de que mais gostava e deu ao mendigo. Quando voltou, estava radiante e disse: “Pai. Posso fazer isso de novo? Ele descobriu a alegria de dar alguma coisa de valor.

E quando se perde muito dinheiro?
Muitas vezes, depois de perder algo importante, descobrir que aquilo não era tão importante, descobri que aquilo não era tão importante assim. É bom ter isso em mente. Mas há perdas que nos deixam arrasados. Todas as vezes que perdi algo assim, descobri em mim forças que eu desconhecia. O que quero dizer é que muito do medo que sentimos em perder o dinheiro não é real. O amor-próprio precisa vir de alguma outra coisa.

De que forma o dinheiro influencia o relacionamento com as pessoas?
O dinheiro pode ser um instrumento de atenção, ajuda, compartilhamento. De certa forma, ele foi inventado para ser mesmo. Nesse sentido, o dinheiro pode ser uma ferramenta formidável. Ou não. Pode acontecer de você ter um amigo de quem gosta muito, alguém por quem seria capaz de fazer qualquer coisa. Aí ele lhe pede 1.000 dólares emprestado e você diz: “Desculpe, não dá”. Você gosta dele, mas não a esse ponto. É chocante. Você descobre seu medo em relação ao dinheiro, fica confuso. Se prestarmos atenção nas coisas em que gastamos, descobriremos o que é importante para nós.
Faça um exercício: anote seus gastos. No fim do mês. Você vê que gastou dinheiro em coisas que não sabia serem importantes.

O primeiro contato com o dinheiro é importante?
As experiências de infância ficam enraizadas em nossa personalidade. Mais tarde, quando procuramos adotar padrões éticos, eles não conseguem penetrar no mais profundo da nossa natureza. Nossas idéias sobre o bem e o mal não têm influência alguma naquela parte íntima do nosso ser associada ao dinheiro.

Como os pais podem ensinar o papel dinheiro aos filhos?
Em vez de dizer aos filhos isso ou aquilo, os pais devem procurar um meio de mudar sua atitude em relação ao dinheiro. Libertar os filhos do medo em relação ao dinheiro é uma das coisas mais importantes que podemos fazer por eles.

NEEDLEMAN, Jacob. Superinteressante, jul. 2001

8 de jun. de 2007

AMIGOS...

Amigos sabem quando serão amigos
Pois compartilham momentos...... dão força...
Estão sempre lado a lado...
Nas conquistas...... nas derrotas...
Nas horas boas...... e nas difíceis...

Amizade nem sempre é pensar do mesmo jeito...
abrir mão... de vez em quando...

Amizade é ter um irmão...... que não mora na mesma casa...
É compartilhar segredos...... emoções...

É compreensão...... é diversão...
É contar com alguém...... sempre que precisar...

É ter algo em comum...
É não ter nada em comum...

É não ter nada em comum mesmo...
É saber que se tem mais em comumdo que se imagina...

É sentir saudade...É querer dar um tempo...
É dar preferência...É bater um ciúme...

Amizade que é amizade nunca acaba...
Mesmo que a gente cresça...

E apareçam outras pessoas no nosso caminho...
Porque amizade não se explica...

Ela, simplesmente existe...

6 de jun. de 2007

FRASE DO DIA!

Viva cada dia de sua vida como se fosse o último, pois um dia desses vai ser mesmo.
Alfred E. Newman

3 de jun. de 2007


Há exatamente 106 anos, nascia no Engenho Corredor, zona rural de Pilar, José Lins do Rego.

Mas você sabe quem foi José Lins do Rego?

Conheça agora um pouco sobre a vida desse pilarense ilustre!
___________________________________

José Lins do Rêgo


Infância

José Lins do Rêgo Cavalcanti, nasceu no Engenho Corredor, município de Pilar, em 03 de junho de 1901. Filho de João do Rego Cavalcanti e de Amélia Lins Cavalcanti, fez as primeiras letras no Colégio de Itabaiana, no Instituto N. S. do Carmo e no Colégio Diocesano Pio X de João Pessoa. Depois estudou no Colégio Carneiro Leão e Osvaldo Cruz, em Recife . Desde esse tempo revelaram-se seus pendores literários. É de 1916, por exemplo, o primeiro contato com O Ateneu, de Raul Pompéia, Em 1918, aos dezessete anos portanto, José Lins travou conhecimento com Machado de Assis , através do Dom Casmurro . Desde a infância, já trazia consigo outras raízes, do sangue e da terra, que vinham de seus pais, passando de geração em geração por outros homens e mulheres sempre ligados ao mundo rural do Nordeste açucareiro, às senzalas e aos negros rebanhos humanos que a escravidão foi formando.

Juventude e início da carreira literária

Após passar sua infância no interior e ver de perto os engenhos de açúcar perderem espaço para às usinas, provocando muitas transformações sociais e econômicas, foi para João Pessoa
, onde fez o curso secundário e depois, para Recife , onde matriculou-se, em 1920, na faculdade de Direito.
Nesse período, além de colaborar periodicamente com o Jornal do Recife, fez amizade com Gilberto Freire
, que o influenciou e, em 1922, fundou o semanário Dom Casmurro.
Formou-se em 1923. Durante o curso, ampliou seus contatos com o meio literário pernambucano, tornando-se amigo de José Américo de Almeida, Osório Borba, Luís Delgado, Aníbal Fernandes, e outros. Gilberto Freyre, voltando em 1923 de uma longa temporada de estudos universitários nos Estados Unidos, marcou uma nova fase de influências no espírito de José Lins, através das idéias novas sobre a formação social brasileira.
Ingressou no Ministério Público como promotor em Manhuaçu
, em 1925, onde entretanto não se demorou. Casado em 1924 com d. Filomena (Naná) Masa Lins do Rego, transferiu-se em 1926 para a capital de Alagoas , onde passou a exercer as funções de fiscal de bancos, até 1930, e fiscal de consumo, de 1931 a 1935. Em Maceió , tornou-se colaborador do Jornal de Alagoas e passou a fazer parte do grupo de Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Aurélio Buarque de Holanda , Jorge de Lima, Valdemar Cavalcanti, Aloísio Branco, Carlos Paurílio e outros. Ali publicou o seu primeiro livro, Menino de Engenho (1932), chave de uma obra que se revelou de importância fundamental na história do moderno romance brasileiro. Além das opiniões elogiosas da crítica, sobretudo de João Ribeiro, o livro mereceu o Prêmio da Fundação Graça Aranha. Em 1933, publicou Doidinho , o segundo livro do "Ciclo da Cana-de-Açúcar". Em 1934, conhece o editor José Olympio, que publica Bangüê, ainda escrito em Maceió. A partir daí, os seus romances passam a ser publicado nessa mesma Editora.
Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro onde passou exercer a função de fiscal de imposto de consumo. Nesse ano, publica Moleque Ricardo, penúltima parte do ciclo da cana-de-açúcar.
No ambiente carioca, José Lins do Rego passou novamente a fazer parte do jornalismo, colaborando com “O Globo”, “Diários Associados” e o “Jornal de Esportes”. A admiração pelo desempenho de Leônidas na Copa do Mundo de Futebol, fez fã do Flamengo, clube carioca do Diamante Negro, que mais tarde vem a se tornar Diretor do Clube de Regatas do Flamengo. Em 1939, publica Riacho Doce, cuja ação se passa, em parte, na Suécia.
Nesse mesmo período, é Diretor do Clube de Regatas do Flamengo, revelando sua faceta esportiva de sua personalidade, sofrendo e vivendo as paixões do futebol, o seu esporte preferido, quando diz na frase “Sou Flamengo até morrer”.
Encerra em 1936, a parte do ciclo da cana-de-açúcar, publicando o romance Usina. Neste mesmo ano, publica Histórias da Velha Totonha, único livro de literatura infantil. Em 1937, publica Pureza, livro isolado da obra cíclica. Ano seguinte, 1938, publicava Pedra Bonita que terá uma espécie de continuação temática em Cangaceiros, levando a tona o fanatismo religioso no Nordeste.
Em 1940, traduz “A vida de Eleonora Dusé”, de E. A Reinardt para a Editora José Olympio. Em 1941, retorna à ficção com a sua nona obra, Água-Mãe. Nele, Zé Lins não fala do Nordeste e sim do Cabo Frio, onde interpreta a vida calma e mansa dos seus personagens e traz a temática do futebol para a ficção de Zé Lins. Este livro recebeu o Prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira, e foi escrito em prosa.
Em colaboração escreve ainda “Brandão, entre o Mar e o Amor” (1942) de parceria com Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos, Jorge Amadeu e Aníbal Machado, por encomenda de Martins Editor (SP) e O melhor da crônica brasileira (com Raquel de Queiroz, Armando Nogueira e Sérgio Porto - 1980).
José Lins do Rego publicou a crônica Gordos e Magros em 1942, A Casa e o Homem (1954), Presença do Nordeste na Literatura Brasileira (1957); Gregos e Troianos (1957), O Vulcão e a Fonte (1958 – edição póstuma), Dias Idos e Vividos (Antologia).
Depois de ter declarado, no prefácio de Usina, em 1936, que havia encerrado o ciclo da cana-de-açúcar, José Lins do Rego retornou a seu motivo central em 1943. Premiado pelas circunstâncias históricas: o Estado Novo, as ditaduras fascistas e totalitárias do mundo inteiro e a II Guerra Mundial, escreveu uma indiscutível obra-prima, Fogo Morto, síntese de todo o ciclo, considerado pela crítica como sua obra mais importante, onde se inspira no Capitão Vitorino, comprando-o como D. Quixote sertanejo dos nossos dias.
Ainda em 1943, o romancista faz conferências sobre Pedro Américo, publicando pela LECEB. Lins tem intensa participação na vida esportiva, como membro da diretoria do Flamengo e Secretário-Geral, eleito, da CBD (Confederação Brasileira de Desportos).
José Lins do Rego publica em 1945, Poesia e Vida, crônica, pela Editora Universal (RJ). Faz-se membro do PSB (Partido Socialista Brasileiro). Ainda nesse ano inicia sua colaboração no Jornal dos Sports, com a coluna Esporte é Vida. Também fará crônica regularmente para O Globo e O Jornal, do Rio de Janeiro, e a revista O Cruzeiro. Em 1946 publica pela LECEB, Conferências no Prata (“Tendências do romance brasileiro”, “Machado de Assis” e “Raul Pompéia”). Saem na Argentina traduções de Menino de Engenho e Bangüê. É eleito membro do CND (Conselho Nacional dos Desportos), do Ministério da Educação.
Quatro anos depois, em 1947, publica Eurídice, primeiro romance tendo como cenário o Rio de Janeiro e falará novamente de futebol. Obtém com esse romance o Prêmio Fábio Prado (SP). Saem na Argentina traduções de Pedra Bonita e Fogo Morto. Nessa época, ele escreve no Rio de Janeiro, seu auto-retrato:

“Tenho 46 anos, moreno, cabelos pretos, com meia dúzia de fios de cabelos brancos, 1,74m, casado, com três filhas e 1 genro, 86 kg bem pesados, muita saúde e muito medo de morrer. Não gosto de trabalhar, não fumo, não durmo com muito sono e já escrevi 11 romances. Se chove, tenho saudades do sol; se faz calor, tenho saudades da chuva. Vou ao futebol e sofro como um pobre diabo. Jogo tênis pessimamente, e daria tudo para ver o meu clube campeão de tudo. Sou homem de paixões violentas. Temo os poderes de Deus, e fui devoto de Nossa Senhora da Conceição.
E em fim, literato de cabeça aos pés, amigo dos meus amigos, e capaz de tudo se me pisarem os calos. Perco então a cabeça e fico ridículo. Não sou mal pagador. Se tenho, pago; mas se não tenho, não pago, e não perco o sono por isso. Afinal de contas sou um homem como os outros. E queira que assim continue”.


Em sua primeira viagem à Europa, o romancista visita a França, a convite do governo daquele país. O romance “Pureza” é traduzido na Inglaterra. A perda para os uruguaios na Copa do Mundo de Futebol motiva escrever crônica intitulada O Caráter do Brasileiro, inserida em seu livro póstumo “O Vulcão e a Fonte”.
Em 1951, repartida a viagem conhece a Dinamarca, Portugal e Suécia, integrando-se na Delegação Esportiva Brasileira, e ainda como desportista vai ao Peru.
Ainda no ano de 1951, Zé Lins visita pela última vez sua terra natal, Pilar, para receber homenagens que fazia seus amigos e conterrâneos inaugurando o busto dele, na Praça João Pessoa. O monumento foi descerrado por seu grande amigo José Américo de Almeida, sob aplausos; em seguida foi almoçar no Engenho Corredor, onde nascera.
Em 1952, publica Homens Seres e Coisas, crônicas. Em 1953, publicou Cangaceiros, seu décimo segundo e último romance. O livro recebeu o Prêmio Carmem Dolores, como a melhor obra de criação literária naquele ano. Ainda nesse ano é o presidente da delegação brasileira que participa no Peru do Campeonato Sul-Americano de Futebol, vencido pelo Paraguai. Interrompe a publicação das crônicas da rubrica Esporte e Vida no Jornal dos Sports.
Em 1954 publica A Casa e o Homem, crônicas. Nesse mesmo ano, viaja à Europa em companhia da esposa Dona Naná, em visita à filha mais nova, Cristina, passando pela Espanha, Finlândia e Inglaterra, onde visita o Memorial Shakespeare.
De volta à Europa, em 1955, visita à Grécia, cidade a que retornaria no ano seguinte, demorando-se por alguns meses. Publica Roteiro de Israel, pelo Centro Cultural Brasil-Israel (RJ) e Gregos e Troianos, pela Bloch Editores, Rio de Janeiro, em 1957. Em 1955, retorna à Grécia, Em 15 de setembro desse ano, foi eleito em primeiro escrutínio, obtendo 22 votos contra 12 concedidos a Valdemar Bernardinelli e dois a Ernani Lopes, para a Academia Brasileira de Letras como sucessor do Ministro Ataulfo de Paiva, na cadeira nº 25.
Em 1956, o escritor viaja novamente à Grécia e, de passagem, passa por Paris, onde reviu os amigos Gilberto Freyre e Cícero Dias.
Lins publica em 1956 seu livro de memórias, Meus Verdes Anos. Nesse mesmo ano, sai em Paris a tradução dos Cangaceiros.
Em 1957, voltando ao Brasil e é recebido oficialmente pelo acadêmico Austregésilo de Ataíde na Academia Brasileira de Letras.
Ainda em 1956, José Lins do Rego, publica pela José Olympio, seu único livro de memórias, Meus Verdes Anos, onde relata momentos alegres e tristes de sua infância no Engenho Corredor e em Pilar, narrando detalhes de sua terra com seus parentes e amigos que o cercava.
Em 15 de dezembro ainda desse ano toma posse na Academia, sendo recebido por Austregésilo de Atayde.
Em janeiro de 1957, volta a escrever no Jornal dos Sports. Em 20 de julho é publicada a última crônica da rubrica Esporte e Vida. Nesse ano são editados: Gregos e Troianos, crônicas, por Bloch Editores; Presença do Nordeste na Literatura Brasileira, ensaio, pelo Ministério da Educação e Cultura, e Discursos de posse e recepção na Academia Brasileira de Letras (junto com Austregésilo de Athayde), pela José Olympio.
No seu último ano de vida, 1957, cercado de amigos, já com a saúde abalada, Zé Lins dizia temer a morte. Internado por três meses no Hospital dos Servidores do Estado, vítima de cirrose hepática, síndrome hepato-renal e acidose urêmica, proveniente de esquistossomose, morre no dia 12 de setembro de 1957, às 01: 15 horas da madrugada, o pilarense José Lins do Rego. O corpo do escritor foi velado em câmara ardente na Academia Brasileira de Letras, coberto com a bandeira do Flamengo; às 16 h foi sepultado no mausoléu dos imortais no Cemitério São João Batista, no Bairro do Botafogo, Rio de Janeiro.

Perfil da obra e trajetória literária

O mundo rural do Nordeste
, com as fazendsa , as senzalas e os engenhos, serviu de inspiração para a obra do autor, que publicou seu primeiro livro - Menino de engenho - em 1932.
A criação literária de José Lins do Rego(aka: Zé do Rego), como ele próprio afirma, foi baseada, fundamentalmente, nas estórias de trancoso, contadas pela velha Totônia e pela leitura de Os doze pares da França, de Carlos Magno, que ele leu aos doze anos, ainda no internato de Itabaiana, tendo recebido, também, influências de Vítor Hugo, Proust, Hardy, Stendhal e os que ele chamava de "os grandes russos da minha vida: Tolstoi, Thecov e Dostoievski". Entre os nacionais, ele cita: Raul Pompéia, Machado de Assis, Gilberto Freyre e Olívio Montenegro.
A obra de Zé Lins caracteriza-se, particularmente, pelo extraordinário poder de descrição. Reproduz no texto a linguagem do eito, da bagaceira, do nordestino, tornando-o no mais legítimo representante da literatura regional nordestina.

___________________________________

José Lins está morto, mas as suas obras e a sua memória estão vivas em cada brasileiro, paraibano e principalmente, em cada pilarense.

Viva, viva o filho mais ilustre de Pilar, o escritor José Lins do Rego!

2 de jun. de 2007

O LIVRO DA VIDA....

O Livro da Vida
O livro da nossa vida

É um livro diferente

Que uma só vez se lê,
Que uma vez só se sente!
É um livro que não se abre

Na página que queremos
Voltar atrás... não se pode!
O final... nós não sabemos!
O livro da nossa vida
É um livro de surpresa

Tem páginas de alegria,
Tem páginas de tristeza...

O livro da nossa vida
É um livro de aventura,
Cheio de luta e coragem,
Cheio de risco e bravura!

O livro da nossa vida
É um livro de emoção,
Ora sacode os sentidos,
Ora fala ao coração!

É preciso preparar-se
Para esse livro bem ler,
É o mais emocionante
Romance, você vai ver!

Você, que está no começo,
No capítulo perfeito
Da infância e da adolescência,
Leia esse livro direito!
Leia-o com todo o cuidado,

Saboreie devagar,
Não desperdice uma linha
Dessa leitura sem par...

Atenção! Página lida Virou...
não volta jamais!
O grande Livro da Vida
Lê uma vez, ... nada mais!


"Sejam quais forem vossas ansiedades ou problemas, levai vosso caso perante Deus.
Vosso espírito será fortalecido para a resistência.
O caminho se abrirá para vos libertardes de todo embaraço e dificuldade.
Quanto mais fraco e impotente vos reconhecerdes, tanto mais forte vos tornareis em Sua força".
Ellen G. White