14 de set. de 2007

HOJE, A CIDADE DE PILAR ESTÁ EM FESTA!!!!!

PELO MENOS PARA OS QUE A AMAM E A RESPEITAM



HÁ EXATAMENTE 249 ANOS A VILA DE PILAR FOI EMANCIPADA!


É maravilhoso escrever sobre Pilar, terra de meu pai. Terra que me seduziu com suas ruas, sua arborização, ruas casas e casarões, sua história. História rica e que se fez perpetuar na Paraíba e em todos os recantos deste país e do mundo. Uma história de heróis, de gente sofrida, mas também de gente brava e promissora; história de visitantes e filhos ilustres, eternizados na Política, na História, na Literatura Brasileira. Terra de José Lins do Rego, símbolo maior dos filhos deste torrão, do “cheiro ácido de cajás maduro”, de menino de engenho.
O encanto do ouro se foi e a rica indústria açucareira também; contudo resta a ti, Pilar tuas ruas serenas, tardes fagueiras e teu povo hospitaleiro. Resta ainda a ti, teu famoso lugar guardado na história da Paraíba.
É natural falarmos bem da nossa terra natal, e é assim que considero esta terra-mãe que acolheu o sertanejo que veio de longe e fez aqui o seu porto, como sempre soube que assim seria pelas profecias de um pai apaixonado por tão bela e hospitaleira terra. O livro transcende o desejo de que todos os pilarenses aprendam a amar e valorizar casa vez mais esta terra, que a reconheçam como parte importante da história da Paraíba e do Brasil; e que cuidemos muito bem dela e saibamos elevar o nome de Pilar como tão bem o fez o escritor José Lins do Rego.

Conhecer esta história é o primeiro passo para isso.

A história da cidade de Pilar começou assim...

Decorridos vinte anos do início da colonização, em 1605, a Paraíba prosperava, expandindo a penetração pelos vales férteis do litoral e da mata, valorizando-se, assim, as suas imensas possibilidades que atraiam as iniciativas dos colonizados, as quais foram salientadas em livros. Segundo o historiador Luís Pinto, “a cana-de-açúcar foi fonte econômica principal no início da colonização da Capitania Real da Paraíba, ocupando o terceiro lugar em grandeza e riquezas, depois da Capitania de Pernambuco e Bahia. A prova da ascensão da cana é que em 1634, a Paraíba já contava então com dezoito engenhos de açúcar”. Às margens do rio São Domingos, hoje Paraíba, foram construídos engenhos que até hoje existem em ruínas. Posteriormente, com o auxílio da Coroa, formaram-se as bandeiras para conquistar o sertão e catequizar os índios da Confederação dos Cariris.
Foi nesse contexto histórico em que se deu a povoação do município de Pilar e fê-la ser conhecida no cenário paraibano como a primeira vila a surgir no estado na época colonial do Brasil, a 05 de janeiro de 1765, lei decretada pelo Juiz de Foro Dr. Miguel Cardoso Castelo Branco.
A povoação iniciada em fins do século XVI marcou a colonização holandesa na Paraíba, quando os batavos ali encontraram as primeiras fazendas de criação de gado, pertencentes a Jerônimo Cavalcanti de Albuquerque, nas proximidades do Engenho Itapuá.
O historiador José Augusto de Brito afirma que, “após a expulsão dos holandeses, apressa-se a conquista para o interior. A primeira bandeira chefiada pelo capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo, passando pela região do Pilar, vai seguindo o São Domingos (rio Paraíba) em demanda do rio Piranhas.”
Logo depois, os jesuítas espanhóis vindos de Pernambuco criam as missões de Fagundes.
As missões eram aldeamentos fundados pelos padres católicos para catequizar os povos indígenas, que já habitavam as cercanias de Pilar, no final do século XVI. Nelas, os índios eram separados de suas comunidades originais. As casas eram construídas na frente da igreja. A casa dos jesuítas ficava ao lado da igreja, de onde se podia observar toda a aldeia. O ritmo da vida era marcado pelo sino da igreja: hora de despertar, de orar, de trabalhar, de descansar, de almoçar, etc.
No interior de cada missão jesuítica havia uma pequena praça onde se erguiam a igreja, a escola e o cemitério. Sua proteção contra ataques externos era feita por uma paliçada e um fosso.
Nos aldeamentos jesuíticos os índios
eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas se valiam de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígenas. Esta ação incrementava a destribalização e violentava aspectos fundamentais da vida e da mentalidade dos nativos, como o trabalho na lavoura, atividade que consideravam exclusivamente femininas. Além da educação religiosa, os índios eram iniciados na prática de atividades profissionais como a carpintaria e a tecelagem.
Do ponto de vista dos jesuítas, a destruição da cultura indígena simbolizava o sucesso dos aldeamentos e da política metropolitana inspirada por eles. Os religiosos argumentavam que as aldeias não só protegiam os nativos da escravidão e facilitavam sua conversão, mas também forneciam uma força militar auxiliar para ser usada contra tribos hostis, intrusos estrangeiros e escravos bêbados. Entretanto, os efeitos dessa política eram tão agressivos e aniquiladores da identidade nativa que, não raro, os índios preferiam trabalhar com os colonos, apesar de serem atividades mais rigorosas, pois estes pouco se envolviam com seus valores, deixando-os mais livres.
No entanto as missões de Fagundes não obtiveram qualquer êxito, dada a proximidade dos tapuias, que fustigavam a região. Por esse motivo, em 1670, fundam a aldeia missão dos índios cariris de Pilar, que era o divisor entre as essas tribos e os tapuias, deixando alguns missionários a serra do Bodopitá, região de Fagundes, vêm aldear-se em Pilar, levando o local assumir característica de povoado.
A cultura indígena predominava entre eles, misturando-se à catequese e à doutrina jesuítica. Mais tarde, em 1746, esses missionários liderados pelo capuchinho italiano Frei Francisco Antonio Maria de Modena, edificam uma igreja em estilo barroco simples e a nomeia como Convento de Nossa Senhora Del Pilar, com imagem dessa Santa e de São Fidélis, trazidos por aquele missionário da Espanha, para quem mandou preparar um nicho. Até 1904, ainda existiam os escombros dessa velha igreja em frente à Matriz. Vieram também com aqueles missionários, outros religiosos, uma guarda espanhola, vários índios já doutrinados e alguns aventureiros espanhóis atraídos pela lavra do ouro então existente, no lado direito do Paraíba, precisamente onde se localiza a comunidade de Baixa Verde, passando a abrigar um bom número de habitantes. Esse episódio deve ter acontecido durante o domínio da Espanha sobre a Coroa portuguesa. Nessa época, o município de Pilar tinha uma superfície de 2.280 km2.
Esses missionários fundaram um colégio para ensinar e doutrinar a população cariri que aquela altura não era pequena, porque ocorriam levas de índios oriundos de Açu. Essas pessoas eram empregadas parte na lavoura do ouro, parte da agricultura de milho e mandioca.
Esse colégio foi considerado o primeiro marco de desenvolvimento do município que apresentava um avançado progresso no estado. No local, onde foi construída a Escola Estadual de Educação Infantil Dr. José Maria, ficava uma das salas do convento.
Ainda segundo o escritor e historiador José Augusto de Brito, “o povoado criado às margens do Paraíba desenvolveu-se com certa tranqüilidade. A fertilidade das terras para a criação do gado e agricultura, o trabalho das minas, aliados às florestas ricas em caça, a psicosidade dos rios e à índole pacata dos habitantes foram propícios ao rápido crescimento do aglomerado humano”. Nesse período deu-se também a construção de casas de taipa e telhas, já que a Vila contava com 965 habitantes.
Só em 14 de setembro de 1758, D. Maria I, através de Carta Régia, eleva o povoado à categoria de Vila, batizando-a como Vila do Pilar dos Cariris de Baixo, em homenagem à padroeira espanhola.
No final do século XVIII, era notada na Vila próspera do Pilar uma definição de urbanização: as ruas ainda não calçadas, já apresentavam prédios definidos, como a velha igreja matriz, a Casa de Câmara e Cadeia e o Sobrado do Comendador Quincas Napoleão, num planejamento característico de vilas portuguesas.
Pilar foi Distrito de Paz em l827. Em 06 de julho de l854, a divisão jurisdicional da província a elegia como Comarca da 2a Entrância pelo art. 3o da Lei Provincial 27, compreendendo Ingá e Campina Grande. Esta comarca era tão extensa que tinha por limites as da Capital e Pombal, sendo conhecida nas crônicas régias pela denominação de Nossa Senhora Del Pilar do Baixo Cariri. Atualmente a Comarca de Pilar atende também os municípios de São Miguel do Taipú e São José dos Ramos.
Em 1881, a Lei Provincial 727, de 01 de outubro, transfere a sede do município de Pilar para Itabaiana, passando a denominar-se Vila de Itabaiana do Pilar, situação que se estendeu até o dia 08 de outubro de l855, quando a Lei nº 800 revogou o ato de transferência da sede.
Em 15 de novembro de 1838, pelo Decreto-lei 1.164, Pilar foi elevado à categoria de cidade, quando uma Lei Federal organizou o quadro territorial do Estado passando as sedes dos municípios a ter a categoria de cidade e sede da Comarca, e vem influindo até então, para o progresso do estado, através de sua farta riqueza agrícola e pastoril.
No mês de julho do ano de 1860, a cidade de Pilar recebe a visita do Presidente da Província Luiz Antônio da Silva Nunes.
A história deste município é marcada pelos desmembramentos do seu município: Itabaiana, l89l; Cruz do Espírito Santo, l896; Gurinhém, l858; Juripiranga, l96l; Caldas Brandão, l965 e São José dos Ramos, l994.
Em 0l de junho de l90l, Pilar dá berço a um dos maiores escritores da literatura brasileira, José Lins do Rego Cavalcanti, que levaria mais tarde esta cidade ao conhecimento internacional com a publicação do primeiro livro, em l932, Menino de Engenho, seguido de onze romances, crônicas, estórias infantis, ensaios e conferências.
Em l951, é festejado com muito entusiasmo em Pilar, o cinqüentenário desse Escritor. Dentro das solenidades alusivas ao evento é inaugurado pelo próprio José Lins do Rego, seu busto na Praça João Pessoa. Participaram também do evento celebridades como os escritores Gilberto Freyre, Rachel de Queiroz, José Américo de Almeida e o então prefeito de João Pessoa, Apolônio Sales de Miranda.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba – IPHAEP, através do decreto 8.625 de 26 de agosto de l980, tombou a cidade para preservação dos seus monumentos históricos.
Em l999, Pilar é recebida como membro da Associação Internacional das Cidades Educadoras, com sede em Barcelona, Espanha e sub-sede em Rosário, Argentina.
Em 03 de junho de 2001, em alusão ao Centenário de Nascimento do Escritor José Lins do Rego, foi reinaugurado o busto dele, localizado na Praça João Pessoa, pelas filhas do escritor, Maria Elisabeth, Maria da Glória e Maria Christina, pelo então prefeito da cidade, José Benício de Araújo Filho, alguns vereadores e outras autoridades que se fizeram presentes ao evento.
Ainda em alusão à data, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou um selo comemorativo a nível nacional, idealizado pela artista Valéria Faria.
Os filhos desta terra, Pilar, sempre participaram diretamente de movimentos revolucionários, principalmente os liberais, aqueles favoráveis à liberdade política, civil e econômica, todos de cunho nativista. Foi o que aconteceu em Pilar durante a Revolução Pernambucana de 1817, a Confederação do Equador, a Revolução Praieira e a Revolta de Quebra Quilos. Nessas revoluções se destacaram Pilar, Arruda Câmara, Francisco Costa Medeiros e o vigário da cidade, o padre Antonio Pereira de Albuquerque.
Devido a grande importância que Pilar tinha para a metrópole, foi visitada por pessoas ilustres. Entre elas destacam-se D. Pedro II, Imperador do Brasil; o então Presidente da Província Luiz Antônio da Silva Nunes, o então Presidente da Republica Venceslau Brás; os escritores José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, Gilberto Freire e o próprio escritor, José Lins do Rego, em l95l, última visita do escritor à terra natal.

Nossas riquezas materiais

Inicialmente, Pilar teve como maior fonte de riqueza o ouro, e fez habitar o povoado. A estratificação sistemática aurífera ocorreu na região até l758, quando essa atividade foi proibida pelo Governador da Metrópole, devido à falta de braços na região para a agricultura da cana-de-açúcar. Assim, o cultivo dessa atividade assumia então, o caráter de ser a principal atividade econômica, elegendo Pilar um dos primeiros pontos de penetração para o interior.
Naquela época, Pilar possuía grandes extensões de terras que abrangiam parte do Brejo, da Caatinga e da Várzea; era também possuidora de imensos canaviais que alimentavam os inúmeros engenhos que povoavam a várzea do rio Paraíba, fazendo a Vila destacar-se entre poucas na Província como grande centralizadora de bens comerciais, prestação de serviços e outras atividades econômicas.
A indústria açucareira trouxe grandes prestígios esta cidade, em virtude dos inúmeros engenhos de cana-de-açúcar distribuídos pelas várzeas do seu território, a ser honrada com a visita do Imperador D. Pedro II, em 1859.
Em l828, o Governo da metrópole autoriza a criação de uma feira semanal na Vila do Pilar, já que ela se desenvolvia sob o impulso da indústria açucareira, somada à grande produção do algodão, o desenvolvimento da pecuária, produção de aguardente e farináceos, e expansão de um comércio com lojas de tecidos, joalharias, padarias e sapatarias, que eram em partes de fabricação local.
Esse desenvolvimento trouxe à Vila do Pilar em l883, serviços ferroviários. A linha que originalmente unia a estação de Brum, no Recife, a Pureza, próximo à divisa entre Pernambuco e Paraíba, foi aberta de 1881 a 1883 pela a GWBCL - The Great Western do Brazil Railway Company Limited, antiga Estrada de Ferro The Conde d’Eu Railway Company, também organizada com capitais ingleses que tinha a posse e a concessão da E. F. Recife ao Limoeiro. Esta linha avançou até Pilar, na antiga E. F. Conde D'Eu, incorporada à GW em 1901, onde sua linha, aberta em 1883, entre outros ramais, avançava até Nova Cruz, já no Rio Grande do Norte e da E. F. Natal a Nova Cruz, que também passou à GW, na mesma época. Para ligar estas duas últimas, a GW construiu em 1904 um trecho de 45 km, formando então o que veio a ser chamado de Linha Norte. A ferrovia era um ramal Pilar-PB a Timbaúba-PE, na seqüência dos esforços dos Ministros do Império Diogo Velho e o deputado Anísio Salatiel, e que se desenvolveria no futuro em direção a Ingá, transformando Pilar numa das vilas mais prósperas da região, com grande prestígio na Província.Quando ocorreu a venda da GW para a Rede Ferroviária do Nordeste, no entanto, o trecho do RN já não mais pertencia à GW, mas foi incorporado à RFN, e em 1957 tudo isso foi uma das formadoras da RFFSA.
A linha está ativa até hoje sob o controle da CFN, que obteve a concessão da malha Nordeste em 1996, mas trens de passageiros não circulam mais por essa linha desde os anos 1980.
A cultura do algodão também se desenvolveu, destacando o município de Pilar como um dos grandes produtores na região, já que esta atividade se constituía em importantes atividades agrícolas da economia colonial.
A vida social, política e econômica estava concentrada nos engenhos, deles saindo os que se projetavam na vida administrativa, religiosa e política. Foram esses engenhos que deram origem a uma aristocracia patriarcalista, advinda de ilustres famílias pernambucanas, notadamente os descendentes do famoso mameluco Jerônimo de Albuquerque, surgido numa elite que se destacaria no cenário paraibano.
Pilar se caracterizava como o centro de atividades comerciais, morando nela os comerciantes e prestadores de serviços, justificando-se, assim a existência de edificações homogêneas em toda a Vila. Mantinha relações comerciais com a Capital, Itabaiana, Recife, como também, com as demais povoações da vizinhança. Em virtude de seu poderio econômico, gozava de grandes prestígios na Província, sobretudo pela participação de seus filhos nos setores político e social.
A sociedade rural era muita fechada, havendo grandes festas nos engenhos existentes, quando apenas se reuniam proprietários ligados por laços familiares e de tradicional amizade. Essa sociedade pouco participava da vida da Sede, a não ser com o objetivo de ir às missas aos domingos, ou quando ia fazer compras no comércio local. Enquanto que a sociedade urbana gozava de tradicionais bailes na Casa de Câmara, que era famoso pela elegância das damas e pela nobreza dos cavalheiros presentes.
O surgimento das usinas de açúcar e conseqüentemente o declínio dos engenhos, nas primeiras décadas do século XX, completando o ciclo de evolução tecnológica engenhos-bangüês, engenhos-centrais, usinas; o prolongamento da estrada de ferro para os centros de produção algodoeira do sertão, afetando consideravelmente as atividades comerciais da vila; como também a criação de novos municípios autônomos, contribuiu para o declínio do município, trazendo grandes transformações na sua estrutura política, econômica e social. O progresso da cidade parou nos anos 30 a 40, onde o algodão e cana-de-açúcar predominavam.
Atualmente, o suporte econômico do município de Pilar é a agricultura, destacando a monocultura da cana-de-açúcar, em forma de plantation, cultivada pelos latifundiários e levada para usinas de outros municípios. Destaca-se também o cultivo de abacaxi, mandioca, batata doce, amendoim, manga, feijão, coco da baía, banana, laranja e milho. Essa produção faz com que as lavouras permanentes e temporárias respondem a 29,30% da ocupação do solo pilarense.
Nos produtos de extração vegetal destaca-se a lenha e a castanha de caju.
Os produtos de origem animal são citados o leite, ovos de galinha e mel de abelha.
A pecuária apresenta-se com um desenvolvimento muito bom com a criação de bovinos, seguido de suíno, eqüino, asinino, muar, ovino, galinhas, galos, frangos, frangas e pintos e caprinos.
No setor industrial, o município se encontra em fase desenvolvimento, possuindo atualmente algumas pequenas indústrias do ramo alimentício, com destaque para Natural Gurt, Leite La Muca, que se destacam na fabricação de iogurte e de queijos.
A população pilarense dedica-se às mais diversas ocupações; algumas trabalham na agricultura e na pecuária; outras no comércio; nas repartições estaduais ou na prefeitura.
O comércio local aos poucos se desenvolve já apresentando butiques (03), supermercados (05), mercearias (03), farmácias (03), casa lotérica (01), bancos (Banco do Brasil, 30-0l-l983; Banco Postal/ Bradesco), Multibank, financeiras, loja de material de construção (02), posto de combustível, lojas de móveis e de eletrodomésticos (02), salões de beleza (06), abatedouros de aves (02), posto de coleta para análises clínicas, bares (05), restaurantes (03), panificadoras (03), lanchonetes (05), funerária, armarinhos, locadoras de CDs e DVDs, escola de informática, lan house e pequenos estabelecimentos comerciais: fiteiros (09), ambulantes (05), triller (02).
Pilar mantém transações comerciais com João Pessoa, Itabaiana São Miguel do Taipú e Sapé. O município possui uma linha de ônibus intermunicipal em trânsito, fazendo o percurso João Pessoa–Pilar. Interliga o município as rodovias PB–042, PB–048, PB-082.
Um trem de cargas da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima – RFFSA faz o percurso de Cabedelo ao Sertão. Essa Rede foi criada no governo de Juscelino Kubitschek, através da Lei 3.115, de l6/03/l957, pela qual foram incorporadas todas as estradas de ferro de propriedade da União, tendo como sua subordinada, a Rede Ferroviária do Nordeste, abrangendo os estados da região. Os trens de passageiros que outrora funcionavam, foram extintos em l980.
Em Pilar há vários terminais telefônicos instalados, uma agência dos correios e uma difusora, a Verdes Mares.

Nossa religiosidade

Nos primeiros momentos da colonização, Pilar se mostrou tradicionalmente católica, com a catequese dos índios pelos jesuítas espanhóis e tomando forma definitiva com a vinda do capuchinho italiano Frei Francisco Antônio Maria de Modena. A fé católica foi ganhando espaço quando Modena presenteou o povoado com as imagens de Nossa Senhora Del Pilar e de São Fidélis. Ergueu um convento e em l746, edificou uma rica igreja de estilo barroco simples, que levou o nome da padroeira espanhola, originando o nome da cidade de Pilar. Infelizmente, essa igreja já não existe; a alguns metros de suas ruínas, foi edificada a atual Matriz, na segunda metade do século XIX.
A freguesia de Nossa Senhora do Pilar foi criada em 1º de outubro de 1765, em execução ao alvará de 08 de maio de 1758.
A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição do Pilar foi criada em 0l de outubro de 1899, já na administração do primeiro bispo da Paraíba, Dom Adauto Aurélio de Miranda Henrique. O Padre José Ramalho foi o primeiro vigário desta paróquia e sucedido pelos seguintes religiosos: Padre José Apolinário da Silva, Padre Manoel Gomes de Andrade, Padre Geraldo Pennoch, Padre Cláudio Sartori, Padre Carlos Antonio de Sousa Maurício, Padre Jaelson Alves de Andrade, Padre José Carlos Serafim, Padre Wancelei Cunha de Oliveira. Atualmente, os católicos pilarenses são assistidos pelo Padre Pedro Mascena Filho.
Até então, seus habitantes sempre se honraram dessa religiosidade, comemorando as principais datas religiosas, principalmente a da Padroeira da cidade, que inicialmente era comemorada no mês de janeiro, com grande demonstração de fé, onde se reuniam parentes e amigos.
A festa da Padroeira de Nossa Senhora Del Pilar era assim realizada: o primeiro ato dessa festa religiosa era a missa, cantada às dez horas em latim e entoada por moças e rapazes da cidade. Encerrando a missa, já ficava a programação para a procissão, que saía da igreja percorrendo as principais ruas da cidade, acompanhadas de muitos fiéis que traziam a imagem de Nossa Senhora Del Pilar num andor ornamentado, levado pelos homens, enquanto as mulheres cantavam. A procissão era encerrada com a bênção do santíssimo sacramento.
Atualmente, a festa da padroeira é comemorada na segunda semana do mês de outubro, ainda com o mesmo brilhantismo de antigamente. Durante a semana festiva são realizados novenários, missas na matriz e procissão pelas principais avenidas da cidade, além da parte social da festa, realizada na Praça do Povo ou no Ginásio Poliesportivo Municipal.
Os primeiros grupos evangélicos que aqui chegaram foram os Batistas. Eles não se estabeleceram na Sede, mas em comunidades, já quem os receberam de bons grados foram os camponeses. Então, através das localidades de Coitezeiras, do Engenho Maravalha, Recreio, esses camponeses começaram a se envolver com a fé cristã evangélica. A partir primeiramente dessas conversões, começaram as perseguições, onde os irmãos Batistas eram proibidos de andar nas calçadas.

Nossa educação

O município de Pilar destacou-se na história da Paraíba também pelo seu modelo de educação, ficando conhecido na região como grande centro educacional.
Em 04 de fevereiro de l822 foi criada a Escola Pública Primária e um ano depois, em 25 de novembro, criou-se a cadeira de Latim, ministrada pelo Professor Demétrio Vasco de Toledo que naquela época contava apenas com dezoito anos. Este professor mais tarde funda em Pilar uma modelar casa de Ensino, o Colégio do Professor Demétrio Vasco de Toledo, que muito contribuiu para o desenvolvimento cultural desta cidade.
Políticos, magistrados, industriais, sacerdotes, professores e agricultores estudaram nesse conceituado estabelecimento de ensino. Entre tantos podemos citar: José Bezerra, Manoel Borba, senadores pernambucanos; os desembargadores Santos Estanislau e José Lopes Pereira; o bispo D. Manuel Rodrigues Paiva; o sanitarista Flávio Maroja; os pedagogos Xavier Júnior, João Lopes Pereira, Lourenço Bezerra Vieira de Melo, Caldas Brandão, Paulo Hispácio; o Bispo Dr. José Maria, entre outros. Com o passar dos a nos, essa conceituada Escola foi fechada.
Atualmente o município de Pilar possui 17 escolas: ESCOLAS MUNICIPAIS: ZONA URBANA: Esc. Munic. de Educ. Infan. E Ens. Fund. Virgínio Veloso Borges; Escola Reunida Noturna Municipal; Esc. Munic. de Educ. Inf. e Ens. Fund. Manoel Alves De Araújo; Esc. Munic. de Educ. Inf. e Ens. Fund. Augusto Mousinho de Brito; ESCOLAS PARTICULARES:Instituto O Pequeno Sábio; Instituto Batista Edward Trott. Instituto Pinóquio; ESCOLAS ESTADUAIS: Esc. Est. de Ensino Fundamental e Médio José Lins do Rego, Esc. Est. de Educação Infantil Dr. José Maria.

Nossos filhos ilustres

O município de Pilar foi berço de gente importante que fez e ainda continua fazendo história na Paraíba, entre eles destacam-se: Santos Estanislau, Paulo Hispácio, Demétrio Vasco de Toledo,Manoel Maroja Neto, Antônio Gonçalves Meira de Vasconcelos, - Padre Antonio Pereira de Albuquerque, Diogo Velho Cavalcante de Albuquerque (o Visconde de Cavalcanti), Francisco Xavier Júnior, Flávio Ferreira da Silva Maroja, José Júlio Lins da Nóbrega, José Vicente Meira, Jurisconsulto, senador da República, Albino Gonçalves Meira, Manoel Velloso Borges, Virgínio Veloso Borges, João José Maroja, Manuel Ferreira de Andrade, Pedro Marinho Falcão, Aguinaldo Veloso Borges, Flávio Ribeiro Coutinho, Adalberto Rainero Maroja, Oscar da Cunha Barreto, Geminiano Jurema, José Augusto de Brito, João de Deus Maurício, Antonio da Costta Silva, Isaías Alves da Costa, o “Zaia”, João Lourenço da Silva, Zezita Matos, Fernando Pilar, Virgínia Maria Peixoto Veloso Borges.

Mas o orgulho de Pilar é o seu filho mais ilustre, o escritor José Lins do Rego.

Nossa Cultura e nossa Sociedade

Pilar é grande detentora de cultura destacada no Estado e no próprio país. Inicialmente era conhecida nas redondezas pelas festas populares que realizava; entre as principais, destacam a Festa da Padroeira Nossa Senhora Del Pilar, a festa de Emancipação Política Municipal, natal, reveillon, carnaval e as festas juninas.
Pilar se destaca nas muitas manifestações culturais existentes. Entre elas, a lapinha, o cavalo-marinho, o bumba-meu-boi, o coco-de-roda, o a ciranda, a quadrilha, o cantador de viola e as figuras folclóricas.
Há anos, o município de Pilar destacava-se pelas vaquejadas, que eram realizadas em grandes pátios com curral, nas terras do Engenho Corredor ou na sede, na rua do Compra Fiado, hoje a Avenida Anísio Pereira Borges. Cavalos famosos e homens corajosos como o Sr. Augusto Bernardo e a família Lins se destacavam; além de um grande público, que sempre se faziam presentes à animadíssima festa.
Hoje, a prática deste esporte inexiste no nosso município.
Havia também disputadas partidas de futebol. O time que mais se destacava era o Modena, campeão diversas vezes em Pilar e em cidades vizinhas. Depois, surge o Santos Futebol Clube, seu principal rival.
O Estádio Municipal “O Vieirão” em dias de jogos ficava lotado de torcedores para ver Diu, Vavá e tantos outros defender a camisa de seu time.
Atualmente, o esporte em Pilar está representado pelas modalidades de futebol de campo, futebol de areia (beach soccer), futebol de salão (futsal), handebol, voleibol, atletismo e basquetebol.
Existem vários times que defendem a bandeira do nosso município e atletas que são conhecidos a nível regional e estadual, Fernando Gleber Matias da Silva (Fernando Pilar), no beach soccer e futebol de campo, Juliane Coelho (Seleção Paraibana de Handebol), Gil Pilar e Josival (Nen), representando o futebol e campo e de areia, os maratonistas Sérgio Gomes e Alessandra, entre outros.
Desde março de 1956, o Cinema de Zé Ribeiro, como era conhecido, destacou-se na diversão dos pilarenses. O primeiro filme aqui exibido foi o “Calibre 45”, com Randaph Scott. Os filmes eram trazidos para Pilar, de trem de distribuidoras de Recife e atraíam a comunidade, garantindo casa cheia. Esse cinema foi desativado no início da década de 70, por José Ribeiro de Medeiros, seu proprietário.

Nossos Símbolos Municipais

A Bandeira

A bandeira do nosso município foi instituída pela Lei 94 de 09 de novembro de 1987; foi justamente no período em que o município completava 229 anos de emancipação política. Esta bandeira tem as cores azuis e brancas, divididas em duas faixas iguais em sentido horizontais e no centro fica o brasão que tem uma forma de “U”. A idéia seria colocar todas as letras do nome da cidade, porém, existe apenas a letra “P” ao centro, bem estilizada. Ela fica contornada por duas canas de açúcar, tendo na parte superior uma coroa e a parte inferior a inscrição “14 de Setembro de 1758”, correspondente a data que a nossa cidade deixou de ser Vila e se emancipou politicamente.
Também é importante observar na bandeira as cores: o nosso azul, que representa o céu; também o branco, que nos traz o sonho de paz perseguida pelos nossos grandes heróis que tivemos no passado e também heróis do presente.

O Hino

O hino de Pilar foi oficializado pela Lei n.º 301 de 23 de Setembro de 2002, e, mesmo antes de ser oficializado, foi executado em vários eventos especiais na cidade. A sua primeira execução foi feita durante o aniversário de 240 anos de emancipação política deste município.

CANTEMOS A NOSSA TERRA
Letra: Antônio Costa.
Música: José Cosmo de Sousa.

I
Cantemos a nossa terra
Que tanta beleza encerra;
Ela tem encantos mil,
É um pedaço do Brasil!...

No solo paraibano
Tem uma cidade bela;
Cidade que tanto amamos,
Pequenina e singela.

Tens a natureza
Mais bela da região;
Pilar Deus com certeza
Te fez com perfeição.

ESTRIBILHO
Pilar estamos gratos!
A Deus, nosso Senhor;
Porque és nossa cidade,
És palco do nosso amor...

II
És pequena no tamanho
Mas teu seio é imenso em glória!
É tão curto o teu cantar
Mas estronda na história...

Aqui um olhar profundo
Te namorou Pedro II;
És conhecida até os confins
Nos romances de Zé Lins!

Pilar, terra amada;
Pilar, terra querida;
Pilar Deus te plantou
No Vale do Paraíba!...

ESTRIBILHO
Pilar estamos gratos...
A Deus, nosso Senhor;
Porque és nossa cidade,
És palco do nosso amor...


Os Selos municipais

O município de Pilar possui dois selos oficiais: o Brasão quando não está na bandeira, torna-se um dos nossos selos. O outro, o das Cidades Educadoras foi recebido município no ano de 1999, no período em que esta cidade foi aceita como membro da Associação das Cidades Educadoras. Ele traz uma mão, com as cores representando os continentes.
Essa mão lembra também a carência de todos os municípios de paz, e na palma da mão pode-se observar as linhas traçadas, representando as cidades do mundo.

Nossos Governantes Municipais do passado e do presente

O primeiro prefeito eleito de Pilar foi o Cel. José Lins Cavalcanti de Albuquerque, figura da mais alta projeção na vida política e econômica da localidade, responsável pela iluminação a querosene da Vila. Essa iluminação perdurou até a administração do Major João José Maroja, quando a cidade de Pilar foi beneficiada com a energia elétrica.
Outro pilarense que se destacou no governo municipal foi Aguinaldo Veloso Borges, grande benemérito da cidade e responsável pelo seu calçamento.
O Poder Executivo no decorrer da História do município de Pilar foi assim representado pelos seguintes prefeitos constitucionais: Cel. José Lins Cavalcanti de Albuquerque; Major Ambrósio Pereira, de 1929 a 1932; Major João José Maroja; Aguinaldo Veloso Borges, de 1947 a 1951; Ernesto Pereira de Oliveira, de 1951 a 1955; Jocelyn Veloso Borges, de 1955 a 1959; João Lins Vieira, de 1959 a 1963; Jocelyn Veloso Borges, de 1963 a 1969; José Augusto de Brito, de 1969 a 1973; Heretiano Costa Araújo, de 1973 a 1977; José Augusto de Brito, de 1978 a 1982; José Benício de Araújo Filho, de 1982 a 1988; Humberto Araújo de Alcântara, de 1989 a 1992; José Benício de Araújo Filho, de 1993 a 1996; Genival Rodrigues da Costa, de 1997 a 2000; José Benício de Araújo Filho, de 2001 a 2004. José Benício de Araújo Filho, de 2005 até os nossos dias.

Nosso turismo

Pilar se destaca entre as poucas existentes no interior da Paraíba, como uma cidade com raízes culturais muito fortes ligadas à História deste estado, com ações em favor da sua vocação turística, marco vivo de épocas significativas para a história política, econômica, social, cultural e religiosa, não apenas da Paraíba, mas do próprio país.
Nesta cidade é possível viajar no tempo dos engenhos, que fizeram encravar o período da civilização açucareira; ver de perto o cenário do Engenho Corredor, o fictício Engenho Santa Rosa dos romances de José Lins do Rego, e a própria cidade de Pilar que serviu de palco para os principais livros do chamado ciclo da cana de açúcar do escritor José Lins do Rego.
Além dos engenhos, atrativos com relevante valor histórico, cultural e literário, a cidade de Pilar oferece pelo menos dezesseis locais para visitação, fazendo-a receber turistas, pesquisadores e estudantes de vários recantos deste Estado, deste país e até de outros países, sensibilizados com os romances de Zé Lins.
Aqui, o turista é envolvido pela excelente gastronomia, entre outros, a galinha de capoeira à cabidela, buchada, picado de bode e de porco, mungunzá, peixe de água doce ao molho de coco. Mas se o turista preferir pratos leves pode-se optar pelos alimentos preparados com farinha de mandioca ou de milho. Entre eles, a tapioca com queijo, coco-seco e ainda leite de coco, beiju de mandioca feito com palha de bananeira e o doce de batata doce etc. Há também tradição em pamonhas, canjicas, bolos, pés-de-moleque, beiju de mandioca feito na palha da bananeira e o doce de batata doce.
Em Pilar o artesanato revela tradições. As paisagens, os monumentos e prédios da cidade são traduzidos por mãos habilidosas para a casca do cajá. As nossas fuxiqueiras desenvolvem seu fuxico com um diferencial. Ainda é possível encontramos uma diversidade de artesanatos entre eles trançados (cestas, porta-revistas, chapéus, ventarolas, balaios, peneiras, bolsas, dentre outros), cestarias, panela de barro, rede de pesca, jereré, crochê, tricô, pintura em porcelana e em tela, cerâmicas (potes, moringas, bules, tigelas, travessas, prato, panelas) etc.
Durante as suas festas mais significativas, a cidade se enche de visitantes interessados em se divertir à vontade nesta cidade tranqüila e muito hospitaleira.
A cidade de Pilar oferece os seguintes atrativos turísticos para visitação, de certa forma ligados à obra e vida do Escritor José Lins do Rego ou eternizados na história cultural, econômica, religiosa e social deste município tão promissor turisticamente: Engenho Corredor, Igreja Matriz de Nossa Senhora Del Pilar, Casa de Câmara e Cadeia(Fundação Menino De Engenho), Casa da Tia Naninha, Alto de Nossa Senhora da Conceição, Sobrado do Comendador Quincas Napoleão, Casa dos Jesuítas, Praça José Lins Do Rego (Antiga Praça João Pessoa), Rio Paraíba, Ponte Escritor José Lins do Rego, Estação Ferroviária, Casa dos Tropeiros, Trilha do Ouro e Remanescente dos Índios Cariris, Fazenda Recreio, Fazenda Independência, Trilha da Samambaia, Capelinha Divina Santa Cruz.

Nosso Título Internacional

Cidade Educadora

A Cidade Educadora é uma Associação Internacional, criada logo após as Olimpíadas de Barcelona, quando o Prefeito daquela cidade sentiu o desejo de congregar as cidades, haja vista que Barcelona havia recebido os jogos olímpicos e havia tido todo aquele intercâmbio entre elas, embora os países estivessem representados por seus atletas, mas estes pertenciam a uma daquelas cidades. Então, o prefeito teve a idéia de reuni-las para que os ideais, a princípio olímpicos, pudessem ser trabalhados. Depois, surgiu com a idéia de uma Associação de Cidades Educadoras.
É importante observar que a cidade é educadora em qualquer aspecto, seja na limpeza, na infra-estrutura, na administração, seja na saúde ou mesmo na parte formal de educação; porque a Associação congrega todas as cidades que tem essa visão do melhoramento do potencial de seu cidadão. A Associação foi instituída em 1991, começando por Barcelona e estendendo por toda Europa, chegando até o Brasil. No ano de 1999, Pilar teve o privilégio de ter sido a primeira cidade no Brasil a ser aceita como membro da Associação. Logo após Pilar, veio Porto Alegre e hoje fazem parte da Associação, 258 cidades ao redor do mundo.
Para uma cidade se integrar a esta Associação, a primeira providência é querer participar, devendo ela criar uma lei específica municipal, promulgada pelo Poder Executivo e aprovada pela Câmara, declarando que a mesma está ou deseja se integrar à Associação; segundo existe um formulário próprio, emitido pela Associação para a cidade interessada. Depois de apresentar esse formulário, a cidade precisa ser abonada por outra que já participa da Associação e que defenda sua candidatura para participar. Depois dessa etapa, são questionados pelo comitê central da Associação que avalia o preenchimento do formulário que dentre outros itens ele vai requerer a questão de educação, saúde, infra-estrutura, administração, cidadania, etc. Isso também resulta para a indicação para o Comitê Central que se reúne a cada dois anos. Na plenária da Associação, o nome da candidata é apresentado, e se não apresentar nenhuma objeção, é aceita como membro da Associação. “Segundo Linaldo de Sousa Guerra, vários fatores contribuíram para a integração do município de Pilar à Associação: Incremento de investimentos na área educativa, resultado da implantação do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério. Pilar, juntamente com outras cidades brasileiras saiu na frente nesse incremento, sendo uma das primeiras cidades da Paraíba a implantar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários para o Magistério; ampliação da visão participativa, com parcerias em busca da plena cidadania, através da educação formal; transparência dos recursos, oriundos do Fundo; projetos na área cultural; projetos de resgate da história do município, já que o tema que estava sendo direcionado na Europa era “Fazendo o futuro, olhando o passado”. Isso abriu caminhos para que a cidade de Pilar fosse reconhecida como uma Cidade Educadora.”
A importância do título de Cidades Educadoras para Pilar é grandiosa. A Associação congrega cidades como Chicago, na América; como Jerusalém, a anfitriã Barcelona, importantes no contexto internacional. A cidade de Pilar está agregada a essas cidades co-irmãs, tendo a oportunidade de angariar, juntamente com elas, não apenas recursos financeiros, mas recursos de todas as óticas que possamos imaginar, como recursos humanos, administrativos, didáticos, econômicos, sociais, financeiros, de saúde; porque esta integração abre também portas dos organismos internacionais, que são agentes financiadores de ações básicas ao redor do mundo, constituindo numa janela que se abre para o município de Pilar.
PARABÉNS PILAR PELOS SEUS 249 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA!

4 comentários:

Unknown disse...

Mário, parabéns pelo livro que muito nos lisongeia, enaltece e fortalece nosso passado, presente e futuro. É realmente uma obra indispensável para todo o pilarense e apaixonados pesquizadores do Brasil. Mais uma vez só tenho que lhe agradecer pela grata homenagem que você fez ao meu respeito. Um abraço e continue em frente!

Unknown disse...

MÁRIO,

VISITE MEU NOVO BLOG DE POESIA ACESSANDO:
http://antoniocostta.blogspot.com/

Unknown disse...

Olá, meu nome é Ângela, estava pesquisando na internet e encontrei este site, simplesmente porque o conteúdo da minha pesquisa era meu sobrenome, Maroja. Sou bisneta de Adalberto Rainero Maroja, que sei, saiu da Paraíba - mais especificamente da cidade de Pilar (que algumas tias minhas já foram conhecer) - para, junto com seu irmão, Manoel Maroja Neto, "fundar" a família Maroja aqui em Belém, Pará, onde vivo e onde somos numerosos os Maroja. Deixo meus parabéns a você pela inciativa de contar a todos um pouco da história dessa cidade, que faz parte também da minha própria história, bem como da minha família.
Abraços

santosrodrigues disse...

Tens informações sobre o Coronel Pedro Marinho Falcão ( Guarda Nacional ) casado com Manuela Florentina de Assis Falcão, pais de João Marinho Falcão?
Tenho informações que em 1850 seria comandante da Guarda Nacional da Vila do Pilar, outra que seia Deputado.